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Era uma vez um gato 'XXI' - O Gato do Bem

Era uma vez um gato, o gato era muito bondoso, sonhava com o bem do universo e vivia dedicado em ajudar os outros, a todo o custo.
Ele era muito humilde, não ajudava os outros para se sentir bem, pelo contrário, forçava-se por se sentir mal sempre que ajudava, para que assim suas ações não tivessem foco em si mesmo ou na sua própria satisfação, mas antes no bem nos outros.
Além disso, este gato altruísta tinha muita paciência! sempre que os outros gatos não reconheciam a luz por detrás de suas ações, ele nunca lhes mencionava que tal se devia ao facto de serem gatos de bondade inferior, para que estes não se sentissem mal.
A gato era tão dedicado ao bem que acordava os gatos que dormiam demais, impossibilitando-os de caírem na maldita tentação da preguiça, sabendo ele quem são os gatos mais mandriões, ficava de olho neles e assim que se deixavam dormir, acordava-os com um valente patada, mas o honroso gato do bem não se ficava por aí, há pois não!
Ele fazia o mesmo de modo a evitar que outros gatos comessem demais e caíssem no desleixo da gula, até mesmo interrompia outras atividades para evitar a luxúria! e toda esta monitorização ele fazia voluntariamente! Imagine-se.

Mas não basta ser bondoso, o universo não se salva sozinho, é necessário também combater o mal ativamente, o gato voluntariou-se para criar multas a serem aplicadas a todos os gatos que tivessem atitudes de risco para com eles mesmos, como forma a discipliná-los, tudo para bem deles claro
Ele ensinava as suas preces de ética aos outros gatos, mesmo que eles não quisessem saber, ele obrigava-os, pois apenas ele era bondoso o suficiente para saber a boa ética.
Por ser um organismo repleto de bem, o gato, apenas se alimentava de seres do mal, tudo o que matava eram seres das trevas, aqueles malditos peixes! Malcheirosos e das profundezas, de onde o mal vem! e ainda assim matava-os com bastante carinho.. estando ele bem ciente de que as suas vidas eram para um bem maior, não por sentir fome ou por qualquer tipo de apetite mas sim como uma forma de converter matéria do mal em do bem.
Obviamente que não comia legumes ou vegetais pois esses não eram organismos do mal, não faziam mal a ninguém.
Certo dia o gato morreu, deixando para trás um caminho cheio de boas intenções.

— Tiago Barriga
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