Doces ilusões ou formas de alienar, pois o realmente importante não tem preço.
Sem que se dê conta, iludir é a habilidade mais requisitada, é esta que tende a destacar-se em qualquer topo — apelidado de melhor.
Não é de admirar que numa economia ilusória o atributo que mais a mexe seja o iludir, quem pagaria para ficar desiludido? — Não nesta cultura egoísta — muito mais dinheiro é investido não no produto mas na ideia e aparência que o circunda, muito mais esforço é despendido no convencer, parecer, enganar, destacar. Mas então se a maioria do tempo é gasto na fachada não significará que pouco sobrou para o conteúdo? Uma reflexão a ser lembrada e ponderada acerca de tudo o que nos aparece com estranha facilidade diante dos olhos, especialmente se deslumbrar.
No mínimo quando algo parece forçado, parece-me saudável, levantar a questão "Qual é a parte que está propositadamente escondida?"
Se aparenta não é.
— Tiago Barriga